Todos nós já tivemos dias em que nos sentimos tristes, desanimados, com medo e sem esperança no futuro.
Felizmente, para a maioria de nós, estes sentimentos são temporários e, ao fim de algum tempo, voltamos a sentir-nos mais motivados, alegres, confiantes e esperançosos. No entanto, quando estes sentimentos negativos tendem a persistir no tempo e se combinam com outros sintomas de depressão como falta de energia, perda de interesse por atividades prazerosas, isolamento, sentimentos de inutilidade, de desespero e pensamentos sobre a morte, o sofrimento psicológico agrava-se e pode tornar-se intolerável.
Podem então surgir ideias cada vez mais concretas de suicídio, e planos sobre como suicidar-se, que podem desembocar em atos suicidas. As ideias de suicídio devem ser levadas a sério e é urgente identificar planos para acabar com a própria vida.
Frequentemente as pessoas em risco de suicídio envergonham-se de falar dos pensamentos que têm sobre pôr fim à sua vida e têm dificuldade em pedir ajuda. O mais habitual é que não falem abertamente sobre o assunto, e se expressem indiretamente deixando cair frases como “Não faço nada aqui”, “Mais valia desaparecer” e “A minha vida não faz sentido”. Podem ainda fazer despedidas inesperadas, tentar resolver conflitos antigos ou ter comportamentos de risco.
É fundamental estarmos atentos/as a estes sinais (em nós e nos outros) e atempadamente procurar ajuda especializada, por exemplo junto de um psicólogo ou através de uma linha de apoio, como a SOS voz amiga, de forma a evitar o suicídio.